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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Obesidade: três passos cruciais para combater a doença - Reduzir calorias, praticar exercícios e mudar comportamento são agentes do sucesso



Em maio de 2013 foram publicadas as diretrizes da Sociedade Australiana de Endocrinologia sobre obesidade em adultos e crianças. Isso é um assunto muito relevante, já que a população de lá é composta 60% de adultos acima do peso. Em um texto anterior discutimos sobre a abordagem inicial de um medico a um paciente com sobrepeso ou obesidade. O diagnóstico pode ser feito facilmente em casa, com uma balança bem regulada e uma fita métrica. O primeiro passo pode ser dado com um planejamento cuidadoso e reconhecimento do terreno. Não se iluda, é uma batalha épica pela sua vida o que esta sendo planejado. Nos só não vemos a bala chegando.

Depois do planejamento vem a execução. A diretriz baseia o tratamento em três pilares: redução da entrada de energia (calorias), aumento do gasto por meio de atividade física e reorganização de comportamento. Os dois primeiros são fáceis de entender. Mas como?

Cortando calorias

Redução da entrada de calorias deve ser feita de uma forma sustentável. A redução - e não a eliminação - dos alimentos nocivos deve ser encorajada. O ideal é criar um déficit de cerca de 2500kjoules ou 600 calorias diárias. Tabelas de uso energético e calorias em alimentos podem ser encontradas facilmente na internet. Mas atenção: dietas agressivas não vão se manter, e o mais provável é que a pessoa tenha surtos de fome e exagere nos alimentos. Em pacientes selecionados (IMC maior que 30 ou maior que 27 em pessoas com doenças associadas à obesidade) ou que não tenham conseguido reduzir de peso com outras tentativas podem se beneficiar de dieta extremamente hipocalórica. Idealmente isso deve ser feito com o apoio de um nutricionista. Estas dietas se baseiam em supressão de refeições em momentos estratégicos, substituição de carboidratos por proteínas ou salada, hidratação oral abundante e aumento de fibras, o que aumenta saciedade.

Praticando exercícios

A atividade física também não pode ser insustentável. O ideal é a prescrição de 300 minutos de atividade moderada ou 150 minutos de exercícios físicos intensos por semana, distribuídos ao longo da semana. Devem ser respeitados os limites de cada paciente, como pacientes com dores articulares que se beneficiam mais de atividades na água ou sem impacto. Veja alguns conselhos para começar os exercícios:


  • Pacientes extremamente descondicionados podem precisar de reabilitação, acompanhada ou não
  • Podemos trocar elevadores por escadas, tentar caminhadas curtas e brincadeiras recreativas
  • Ingressar em grupos de pessoas que já fazem treinamento físico ou com quem tem algum laço afetivo, como brincar com filhos e netos, pode servir de encorajamento
  • Evite atividades que não condizem com o orçamento mensal - se ele esta curto, não vamos nos inscrever em uma academia cara, podemos optar por uma caminhada ao ar livre ou futebol recreativo com os amigos
  • Evitar períodos sentado ou deitado. Quando estiver no telefone, caminhe. Se possível, fique mais tempo de pé
  • Tenha objetivos realistas e alcançáveis. Não tente se inscrever no Ironman Triathlon baseado em um mês de caminhada. Não precisa ter pressa pra recomeçar.


Reorganização de comportamento

Terceiro passo é aceitar as mudanças e se prevenir de recorrências. Primeiro, não desanime, é normal algum ganho de peso na troca de gordura por massa muscular decorrente da atividade física. Evite situações em que o abuso de comida é provável. Evite álcool. Segure o chope com os amigos por um tempo, ate você aceitar a ideia de que não deve comer um prato de torresmo. Tente identificar os gatilhos emocionais que levam ao abuso de comida. E quando possível, evite-os, ou entenda o efeito que eles têm sobre você. Isso vai permitir identificar o que é fome e o que é substituição de outra necessidade. Identifique e documente seu progresso. Ninguém trabalha de graça. Você precisa se ater a algo que você esta ganhando, ou perdendo. Seja peso, seja cintura, seja IMC.

Intervenções mais agressivas podem ser necessárias, como uso de medicações orais e cirurgia bariátrica. Evitem medicações passadas por amigos, como termogênicos, reguladores de apetite e em especial hormônios. Hormônios desregram o seu ciclo endógeno, fisiológico. Sempre tem rebote. Termogênicos, que mereceriam um capítulo especial, causam arritmias, AVC, e frequentemente são contaminados com hormônios e diuréticos. Reguladores de apetite já entraram e saíram do mercado mais rápido que a mídia leiga pode acompanhar. Alguns causaram problemas em válvulas cardíacas, obrigando o paciente a operar o coração. Por isso, caso decida por alguma intervenção mais agressiva, procure seu médico, que provavelmente recomendara uma abordagem multiprofissional.

Fonte: Sociedade Australiana de Endocrinologia, via Minha Vida



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