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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

5 motivos para afirmar: emagrecer com cirurgia bariátrica não é fácil


Comigo nunca aconteceu (até agora), mas sei que é extremamente comum ouvir variações da seguinte frase: “mas, com bariátrica, até eu emagreço!”. Não condeno quem pensa assim. Até eu mesma ser operada, via a cirurgia como uma ferramenta que me permitiria fazer com facilidade o que jamais consegui – fechar a boca. Cheguei a dizer, inúmeras vezes, “esta cirurgia será um freio”, “será uma barreira física que me impedirá de comer”, “vou poder comer tudo, só que pouco, e nunca mais vou engordar”.
O que eu estava querendo era terceirizar uma responsabilidade que sempre foi minha. Hoje, penso que abracei essa responsabilidade, mas não sem contar com uma ajuda externa, que tive a coragem de pedir. Para mim, que trabalho com questões psíquicas, era ainda mais difícil assumir essa dificuldade. Criei a fantasia de que precisava ser perfeita. E isso tinha tudo a ver com gerir com eficiência meu consumo de calorias e gorduras, além dos níveis de sedentarismo. Suspiro de alívio: que bom, eu não preciso ser perfeita, nenhum psicanalista precisa e, na verdade, é até bom que não seja.
Voltando à frase que mais cedo ou mais tarde atinge os bariátricos, a de que é fácil emagrecer com cirurgia, acho que só é possível desconstruir esse tipo de pensamento a partir da experiência. As cirurgias bariátricas ou metabólicas têm dois lados, um ótimo e outro verdadeiramente ruim. É preciso abrir mão de parte do estômago e, em alguns casos, mudar a rota do intestino para descobrir.
O que eu descobri neste primeiro mês é que agora tenho uma nova chance de mudar de vida. Não só de perder peso, o que, evidentemente, acontece, mas de cultivar novos hábitos. Eu perdi 11 quilos desde que operei e já me sinto muito mais disposta. Durmo menos (antes, eu praticamente hibernava), ando mais, muito mais, sem perder o fôlego, consigo recusar iguarias que antes repetiria sem dó ou sofreria demais se comesse só uma porção. Finalmente, vejo alguns contornos corporais se definindo no espelho.
O lado complicado vem em forma de lista. Preparados?
1) Cirurgias são arriscadas
De acordo com o dado mais recente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, de 2010, a taxa de mortalidade média relacionada à operação por via laparoscópica (o meu caso) é de apenas 0,23% – abaixo do índice de 1% estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) -, contra 0,8% a 1% da cirurgia aberta (laparotomia). É um risco baixo, mas existe. E eu poderia ter morrido. Não senti medo de operar até me ver deitada numa maca fria, com um avental revelador (e constrangedor) e chegar ao centro cirúrgico. Como não tenho religião, crença ou mesmo fé em qualquer deus, tive que me lançar ao incerto da vida e esperar voltar da anestesia com saúde. Meus últimos pensamentos antes de apagar tinham a ver com “precisava mesmo estar aqui?”. Bem, eu queria.
2) Durante 21 dias você não vai ingerir nada além de líquidos ralos (nem sopinha cremosa pode)
Cada cirurgião segue seu protocolo, então talvez você conheça alguém que não passou 21 dias fazendo uma dieta líquida. Mas todos, todos os cirurgiões, irão estabelecer um prazo para que você só tome líquidos, nada mais, em goles pequenos por uma semana, duas, três ou até um mês. Não existe fome, mas isso não significa que você não enlouqueça sentindo aromas. E eles parecem ainda mais intensos e tentadores. A definição perfeita de privação (não no conceito psicanalítico).
3) Comida, finalmente!
Você sonhou tanto com esse dia e agora ele está bem aqui, à sua frente. Prepare-se para entalar. A verdade é que para você ter uma boa experiência em sua primeira refeição de verdade, será necessário mastigar muito bem os alimentos. Tão bem que eles deverão ficar pastosos antes de chegar ao estômago. Nesse processo, a comida vai perdendo seus sabores e texturas. Não é de todo ruim, na verdade é excelente prestar atenção ao ato de comer. Mas exige uma adaptação e tanto. E quando você esquece, lá estão dores horríveis a lembrar que um pedaço de comida está parado na entrada do seu estômago. E não há jeito de fazer descer. Resta esperar.
4) O medo de tudo ser em vão
Pessoas que sofrem para emagrecer ou mesmo que não conseguem emagrecer irão continuar lidando com esse fantasma após a cirurgia. O corpo pode ter uma grande ajuda para acelerar o metabolismo, mas em alguns momentos ele vai parar, simplesmente parar. Mesmo comendo pouco e comendo coisas saudáveis, será comum enfrentar períodos de estagnação e a sombra da vergonha, frustração e desespero vai começar a dar o ar da graça. O que nos leva ao quinto tópico desta lista.
5) É preciso se controlar
Ou seja, voltamos ao começo do texto. Pessoas que fizeram cirurgia bariátrica não poderão comer qualquer besteira com frequência. A simples diminuição das quantidades não garante que não haverá reganho de peso, razão pela qual muitos operados voltam a engordar ou não conseguem emagrecer tanto quanto gostariam. Emagrecer com cirurgia é um empurrão para, rapidamente, adotar práticas saudáveis que o antigo peso impossibilitava (além dos fatores psíquicos, como vergonha de sair de casa). Com a cirurgia, é possível perder 30, 40 quilos em meses. Sem cirurgia, isso pode levar anos. Mas, como a maior parte das pessoas, nós também precisamos vigiar o que comemos para o resto da vida. Então pergunto: será que existe mesmo um caminho fácil?
Fonte: BrasilSpot

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