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domingo, 27 de abril de 2014
Vegetais crucíferos(*) reduzem processo inflamatório em mulheres
Couve-flor, espinafre, brócolis, nabo, rúcula, agrião, mostarda rabanete e couve de Bruxelas são ricos em antioxidantes e outros compostos essenciais.
(*) cujas flores têm pétalas em forma de cruz.
Pesquisa publicada na revista Journal of Academy of Nutrition and Dietetics demonstrou os benefícios do consumo de vegetais crucíferos devido aos efeitos anti-inflamatórios em mulheres saudáveis.
Trata-se de um estudo realizado com 1005 mulheres chinesas e idade média de 58 anos. Os pesquisadores avaliaram a ingestão habitual durante os 12 meses anteriores à entrevista utilizando um questionário de frequência alimentar quantitativo (QFA) validado. Foi dada ênfase ao consumo de cinco vegetais crucíferos comumente consumidos nesta população, incluindo couve chinesa, repolho verde, repolho chinês (napa), couve-flor, nabo e rabanete.
O consumo dos vegetais crucíferos foi categorizado em 5 níveis: nível 1 (≤ 42,5 g/dia); nível 2 (42,6-68,4 g/dia); nível 3 (68,5-98,8 g/dia); nível 4 (98,9-140,5 g/dia); nível 5 (> 140,6 g/dia).
Os pesquisadores observaram que as mulheres com os níveis mais altos no consumo de vegetais crucíferos (níveis 4 e 5) apresentaram menores concentrações sanguíneas de marcadores inflamatórios, como fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa), interleucina-1β (IL-1β) e interleucina-6 (IL-6). Essa associação inversa entre vegetais crucíferos e citocinas inflamatórias não foi observada com o consumo de vegetais não crucíferos, indicando o papel importante dos vegetais crucíferos na modulação da inflamação.
“O aumento no consumo de vegetais crucíferos, incluindo repolho, brócolis, couve, couve de bruxelas e couve-flor tem sido recomendado como um componente-chave de uma alimentação saudável para reduzir o risco de doenças crônicas, como câncer e doenças cardiovasculares. Semelhante a muitos alimentos de origem vegetal, os vegetais crucíferos são ricos em vitaminas antioxidantes e fitoquímicos, principalmente os isotiocianatos”, comentam os autores.
“Este estudo sugere que a maior ingestão de vegetais crucíferos está significativamente associada com baixos níveis sanguíneos de marcadores inflamatórios em mulheres. Futuras investigações devem ser realizadas para esclarecer quais os componentes específicos dos vegetais crucíferos são responsáveis pela redução da inflamação sistêmica e seus efeitos na saúde”, concluem.
fonte: Nutritotal e Journal of Academy of Nutrition and Dietetics
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O QUE SÃO VEGETAIS CRUCÍFEROS
Brassicaceae (ou crucíferas) constituem uma família botânica composta por 350 gêneros e 3200 espécies, cujas flores têm pétalas em forma de cruz.
Repolho, brócolis, couve, couve-flor, couve de bruxelas, nabo, agrião, rabanete, repolho, mostarda são também conhecidos como vegetais crucíferos. Até pouco tempo só se sabia que eles eram ricos em vitaminas e minerais além de serem boas fontes de fibras. Hoje em dia, devido a vários estudos, sabemos que esses vegetais contêm compostos que ajudam a prevenir várias doenças, incluindo o câncer.
O consumo desses vegetais tem sido associado com a redução do risco de câncer, e as propriedades anticarcinogênicas tem sido atribuídas ao alto conteúdo de glicosinolatos encontrado nesses vegetais.
Os glicosinolatos são um grupo de glicosídeos que ficam estocados nos vacúolos das células de vegetais crucíferos.
Além dessas propriedades, a couve, a couve-flor e a couve de bruxelas são ótimas fontes de vitamina C e beta-caroteno (precursor da vitamina A). A couve contém mais ferro e cálcio que qualquer outra verdura. A couve de bruxelas também apresenta quantidades significativas de vitamina C, folato e vitamina E. A couve-flor apresenta boas quantidades de potássio e vitamina B6. O brócolis também é rico em vitamina C e boa fonte de vitamina A e de folato. Todos esses vegetais também são ricos em fibras que ajudam no bom funcionamento do intestino.
A melhor maneira de consumir o repolho e a couve é na forma crua ou levemente cozida (mastigar, mais do que a digestão, libera essas substâncias químicas.) , pois o calor destrói boa parte das vitaminas e elimina os compostos com ação anticancerígena. A couve-flor também perde parte de suas vitaminas quando é cozida. Para minimizar as perdas cozinhe-a no vapor ou ferva-a rapidamente. A couve de bruxelas pode ser cozida em água fervente ou no vapor, porém, se cozida demais perde parte das vitaminas e dos compostos ativos além de ficar com sabor amargo. Quanto ao brócolis, a melhor maneira de cozinhá-lo é mergulhá-lo em água fervente e retirá-lo rapidamente ou cozinhá-lo no vapor.
fonte: CBAN
Postado por
Wasser Advogados
às
16:10
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