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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Malhar com música melhora o desempenho e dá mais prazer



O exercício de alto impacto traz muitos benefícios à saúde, e uma desvantagem em particular. Ele pode ser fisicamente desagradável, desestimulando muitas pessoas a começar ou a manter um programa intenso de exercícios. Um novo estudo, porém, sugere que ouvir música faz os treinos extenuantes parecerem mais fáceis – e pode fazer as pessoas irem mais longe do que acreditam ser possível.

Os intervalos de alta intensidade são episódios curtos de exercícios pesados intercalados com momentos de descanso. Estudos passados mostraram que sessões de 15 ou 20 minutos de treino intervalado melhoram a aptidão física e reduzem o risco de muitas doenças crônicas, tanto quanto sessões muito mais longas de exercícios moderados e contínuos.

Em outras palavras, o treino intervalado de alto impacto promete uma forma física robusta com um pequeno investimento de tempo. Muitos consideram a experiência “aversiva”, declarou Matthew Stork, estudante da Universidade McMaster em Hamilton, Ontário, que comandou o estudo. Stork e seus colegas da McMaster se perguntaram se seria possível encontrar maneiras de modificar a percepção das pessoas sobre o pouco prazer gerado pelos exercícios.

É impossível reduzir substancialmente a intensidade em si, ele sabia, sem reduzir os benefícios fisiológicos. Mas talvez fosse possível alterar a sensação das pessoas quanto à dificuldade. Ele e seus colegas pensaram imediatamente em música. Muitos estudos anteriores descobriram que ouvir música altera as experiências das pessoas com o exercício, e a maioria dos praticantes relata que escutar canções animadas faz a malhação parecer mais fácil e menos monótona.

Mas esses estudos geralmente envolviam exercícios padrão de resistência, como 30 minutos correndo ou pedalando continuamente. Poucos examinaram o efeito que a música poderia ter durante intervalos intensos. O ruído fisiológico de músculos e pulmões, segundo muitos cientistas, abafaria a música, tornando qualquer efeito insignificante.

Mas Stork não se convenceu. Recrutou 20 voluntários adultos jovens e saudáveis, sem que nenhum deles já houvesse praticado o treino intervalado de alto impacto. Ele os trouxe para o laboratório e explicou o treinamento. Ao final, todos os voluntários relataram que os intervalos haviam sido difíceis. Na verdade, suas sensações sobre a dificuldade foram quase idênticas, ouvindo música ou não. O interessante foi que sua potência havia sido substancialmente maior nos testes com a música. Eles estavam pedalando com muito mais força do que sem música, mas não classificaram esse esforço como mais desagradável. Sem a música, o treino foi avaliado como oito ou mais numa escala de zero a dez em desconforto (com dez sendo insuportável).

Com música, cada intervalo ainda pareceu aos participantes como um oito ou mais, mas eles estavam malhando muito mais forte durante cada série de 30 segundos. A intensidade aumentou, mas não o desconforto.

Questionados pelos cientistas no fim do experimento, todos os 20 voluntários disseram que, se fossem praticar o treino intervalado por conta própria após o estudo, definitivamente iriam ouvir música para ajudar com os exercícios.

Fonte: O Tempo



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