Depois do Outubro Rosa, agora é a vez de conscientizar os homens sobre o câncer de próstata, com a campanha Novembro Azul. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, essa doença é mais incidente que o câncer de mama. Além disso, uma pesquisa realizada pela associação em 2013 revelou que 47% dos homens entrevistados nunca fizeram o exame de toque retal, que é essencial para identificar o problema.
Segundo o urologista Luiz Takano, a obesidade e o tabagismo atuam como fatores de risco. O problema é que esse câncer em fase inicial não apresenta nenhum sintoma, por isso que todo homem a partir dos 50 anos deve consultar o médico. Se houver história familiar da doença, as consultas devem começar aos 45 anos. “Para a detecção precoce do câncer realizamos o exame digital retal da próstata, também conhecido como exame de toque, e o exame de sangue para dosagem do PSA (antígeno prostático específico)”, explica.
Para Luiz, os homens que apresentam testosterona elevada possuem maior risco de desenvolver o câncer de próstata. “Estudos sugerem que indivíduos que praticam atividade física intensa apresentam níveis mais baixos desse hormônio, embora ainda dentro da faixa normal, o que poderia explicar a menor incidência desse tumor em atletas”, diz.
Já Tiago Martinelli, fisioterapeuta e educador físico da Oncocamp, afirma que a prática de exercícios físicos tem papel fundamental na prevenção de futuras complicações que podem acometer os pacientes, como doenças cardiovasculares e diabetes. “Há também diminuição da fadiga, melhora na realização das funções do dia a dia, e consequentemente na qualidade de vida”, fala.
Então, para prevenir esse tipo de câncer é importante que a pessoa tenha hábitos saudáveis e uma vida mais ativa. “O estilo de vida moderno com dieta rica em carnes vermelhas, gordura animal e embutidos e o sedentarismo, pode levar ao acúmulo de gordura corporal. Este excesso de gordura pode estar diretamente relacionado com o desenvolvimento do câncer de próstata”, diz o educador físico.
Para quem é sedentário e está acima do peso, a sugestão é realizar as seguintes atividades: caminhada, corrida, natação, bike, tênis, futebol e musculação. De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, o recomendado é 150 minutos por semana de exercícios de baixa a moderada intensidade ou 75 minutos por semana de exercícios de alta intensidade.
Mas antes de se exercitar, a pessoa precisa da liberação médica. Depois disso, a atividade física precisa ser acompanhada por um profissional capacitado. Tiago explica que o exercício de musculação de alta intensidade e curta duração é o mais indicado para pacientes que acabaram de descobrir a doença ou que foram diagnosticados há mais tempo. “Ele traz melhores resultados na reversão dos efeitos colaterais ao tratamento de quimioterapia e principalmente hormonal. Além disso, por ser realizado em menor tempo (de 20 a 30 minutos), a adesão por tempo prolongado costuma ser maior”, finaliza o educador físico.
Fonte: Webrun
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