Várias pesquisas apresentadas em Congressos de Cardiologia e de Geriatria afirmam que uma pessoa de 60 anos, fisicamente ativa, tem capacidade física próxima de uma pessoa com 20 anos ou até menos. Além disso, as doenças degenerativas que se manifestam terão um curso menos grave e com maior chance de recuperação do que numa pessoa sedentária. A British Heart Foundation alerta para o fato de que o número de pessoas ativas é muito aquém do esperado: "Fazer atividades físicas regulares, seja em que idade for, é benéfico para a saúde de seu coração e isso faz você viver mais tempo".
A ausência de doenças não é sinônimo de saúde, a condição física e mental deve ser levada muito em conta. A decisão de iniciar uma atividade física é muito relevante. Lembrando que a orientação de um profissional de educação física é fundamental ( nada de ouvir blogueiros fitness, sem currículo profissional validado).
A avaliação médica é sempre obrigatória e direcionada para essa faixa etária. Algumas academias ainda utilizam um questionário superado e um termo de responsabilidade pessoal sobre sua própria saúde, sem qualquer valor jurídico, no lugar da avaliação médica.
Já contabilizamos algumas arritmias, crise de hipertensão arterial e angina do peito naquele exame físico dito ''ergométrico” inicial (atenção: não é um exame médico). Este exame pode ser feito por alguém que não é médico, mas que diz ser apto para avaliar os batimentos cardíacos, pressão, etc.
O que deve ser discutido na avaliação médica são os riscos da participação esportiva e o atual estado de saúde do paciente; a necessidade de reprogramação das medicações em uso e as condições ambientais do local do evento esportivo, já que uma temperatura abaixo dos 14 graus ou acima de 32 graus é extremamente perigosa para cardiopatas e idosos em geral. A obrigatória realização do teste ergométrico cardiológico, sempre até a exaustão, diminuirá o risco de uma avaliação clinica mal feita. Lembrando também da importância de seguir uma planilha de treinos com um profissional de educação física.
Um estudo recente quantifica esse benefício de uma maneira que deve fazer com que muita gente coloque um tênis e saia para caminhar no parque. Pesquisas da Universidade de Oslo concluíram que se exercitar pode aumentar em até cinco anos a expectativa de vida de um idoso. Mais do que isso, pode ser tão eficiente quanto parar de fumar.
Os pesquisadores acompanharam 5.700 noruegueses, entre 68 e 77 anos, durante 12 anos, e uma das conclusões foi a de que os idosos que praticavam ao menos três horas de atividades físicas por semana, viveram cerca de cinco anos a mais do que os sedentários. Assim, a prática de meia hora de exercícios seis dias por semana está ligada a uma redução de 40% no risco de morte em idosos. Publicado no "British Journal of Sports Medicine", o estudo mostrou que qualquer tipo de exercício, seja leve ou moderado, tem impacto na expectativa de vida.
Fonte: Globoesporte.com / EuAtleta.com
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