Com o avanço da tecnologia pode-se perceber uma grande alteração nos hábitos de estilo de vida da população, além do crescente número de indivíduos sedentários, o que parece ter contribuído para um declínio nos níveis satisfatórios de aptidão física no público juvenil.
Os níveis de aptidão física de adolescentes devem ser vistos como um indicador de um estilo de vida futuro, pois adolescentes mais aptos tendem a envolver-se mais na prática de exercícios físicos e sentirem-se mais motivados nesta prática.
Além disso, a prática de exercícios físicos proporciona desde a melhora dos níveis de aptidão física até a sensação de bem-estar e a prevenção de diversas doenças hipocinéticas relacionadas ao estilo de vida sedentário.
Um estudo realizado nos meses de agosto e setembro do corrente ano avaliou e caracterizou o perfil de aptidão física relacionada à saúde de adolescentes do Ensino Médio das escolas de educação profissional de Fortaleza. Já que essas escolas funcionam em tempo integral e seus alunos possuem apenas uma aula de Educação Física semanal, durante 50 minutos. A maioria dos alunos não consegue praticar uma atividade física regular, pois utiliza o tempo extra-escolar para se dedicar às tarefas acadêmicas e estudos visando às avaliações externas, entre elas o Enem.
O estudo revelou que 92%, 87% e 84% dos avaliados não conseguiram atender os critérios de saúde estabelecidos para a condição cardiorrespiratória, resistência abdominal e flexibilidade, respectivamente. Resultados esses que nos alertam sobremaneira já que baixos níveis de aptidão física na adolescência contribuem para o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis como a obesidade – “doença do século XXI”, cardiopatias e doenças hipocinéticas. Além da manutenção de um estilo de vida sedentário.
Logo, é preciso repensar o currículo relacionado à quantidade de aulas de Educação Física escolar nesses estabelecimentos de ensino, além de políticas públicas voltadas para o esporte e lazer visando à promoção e manutenção da saúde e qualidade de vida do público juvenil.
Fonte: Adriano Barros – O Povo Online
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