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terça-feira, 3 de maio de 2016

Aprenda como amenizar as dores durante o trabalho


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Muitas dores surgem durante o horário de trabalho. Em sua maioria, são ocasionadas pelo próprio esforço exigido pelo emprego e acabam incomodando e tirando a atenção do serviço. Algumas medidas podem ser tomadas para amenizá-las e, até mesmo, evitá-las, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Para o Dr. André Shecaira, ortopedista do Centro de Alongamento Ósseo, as dores mais comuns sentidas durante o trabalho são as ocasionadas por esforço repetitivo. “São comuns em pessoas que digitam muito. Outras dores também comuns são: tendinite em mãos, punhos e cotovelos, dores na coluna, normalmente motivadas pela postura incorreta”, afirma o médico.
Segundo a Dra. Vanessa Muller, neurologista e diretora médica da VTM Neurodiagnóstico, as dores mais comuns estão localizadas nas costas, pernas, cervical, braços, cabeça e na face. “Essas dores são justificadas, em grande parte, por condições inadequadas de trabalho que predispõe o trabalhador à ocorrência ou ao agravamento de doenças”, explica a neurologista.
Algumas medidas podem ser tomadas para evitar essas dores durante o trabalho e, segundo Dr. André, todas envolvem um ambiente de trabalho saudável. “Para isso, é necessário o uso de cadeiras adequadas, posicionamento correta da altura de computadores, monitores e teclados, posicionamento correto da mesa. São todas medidas simples que facilitam muito o dia a dia. Além disso, pessoas que ficam muito tempo em pé devem evitar o uso de sapatos apertados e salto alto por tempo prolongado”, determina o ortopedista.
A médica neurologista concorda. “Para amenizar as dores, é preciso melhorar as condições de trabalho.” As soluções sugeridas pela Dra. Vanessa são ergonomia adequada, dando preferência a equipamentos e instrumentos confortáveis e de fácil utilização; local adequado de trabalho, silencioso, iluminado e com temperatura ambiente; evitar excesso de trabalho; evitar ficar em uma mesma posição por tempo prolongado; evitar movimentos repetitivos; evitar trabalhos com alta demanda e estresse sempre que possível; e fazer pausas espontâneas no trabalho, principalmente se requerer atenção contínua. “Neste tempo, aproveite para se alongar, beber água”, completa a médica.
Um importante alerta que a Dra. Vanessa faz é para ficar atenta a qualquer tipo de dor. “Dor é um sinal de alerta de que há algo errado acontecendo no organismo. Mesmo que a dor seja de curta duração ou de baixa intensidade, é fundamental que se estabeleça a causa ou o agente causador.”
Para a neurologista, ao primeiro sinal de dor é importante consultar um médico. “Procure ajuda do médico do trabalho ou de outro especialista a fim de estabelecer um diagnóstico preciso e, a partir deste, definir um tratamento. Além do tratamento agudo é fundamental que estabeleça medidas profiláticas para evitar o ressurgimento do quadro doloroso”, explica Dra. Vanessa.

Os 5 tipos de dores mais comuns e como amenizá-las

Passar horas sentada na mesma posição pode provocar dores em muitas lugares. Trabalhar as oitos horas em frente ao computador também pode causar dores de cabeça, nas mãos, pescoço. Enquanto as pessoas que trabalham durante horas em pé podem sentir dores na coluna e nos pés. São muitas as dores que atrapalham e prejudicam o desempenho no emprego. A seguir, profissionais da saúde indicam o que pode estar ocasionando essas dores e como amenizá-las durante o seu horário de trabalho.

1. Dor de cabeça

A dor de cabeça é, sem dúvida, a mais sentida durante o trabalho. Qualquer pessoa que tenha que exercer um esforço mental ou lide com muito estresse acaba por sentir dores de cabeça. Dra. Vanessa explica que existem diversos tipos de dor de cabeça. “Ela pode ser secundária a outras doenças, como um sintoma de gripe, ou pode ser a própria doença, denominada cefaleia primária. Entre os tipos mais comuns de dor de cabeça primária, destacam-se a dor de cabeça tensional, enxaqueca e cefaleia cervicogênica”, denomina a neurologista.
Segundo a médica, todos os tipos são diferentes e se manifestam de forma peculiar. “Cada tipo apresenta fatores desencadeantes específicos como, por exemplo, exercício físico vigoroso pode aumentar a chance de ter crise de enxaqueca ou se manter em uma postura inadequada pode aumentar muito o risco de ter cefaleia cervicogênica. Entretanto fatores como: estresse, ansiedade, sobrecarga no trabalho, distúrbio do sono podem piorar todos os tipos de dores”, pontua Dra. Vanessa.
Como amenizar
Para amenizar as dores de cabeça, a médica neurologista cita algumas atitudes que ajudam a diminuir a dor. “Algumas dores amenizam com repouso, outras, ao mudar para ambiente escuro e silencioso (enxaqueca). Às vezes, a dor passa com massagem no pescoço e alongamento (na cefaleia cervicogênica). Uma pausa no trabalho pode ser suficiente para promover a diminuição do estresse que esteja levando a uma cefaleia tensional”, explica a médica.
“Entretanto, em alguns casos, essas medidas são insuficientes no tratamento da dor e medicamentos são necessários”, completa a médica. Quanto ao uso de medicamento, ela explica que existem medicamentos para crise e medicamentos que ajudam a prevenir as crises. “Se apresentar mais de quatro episódios de dor de cabeça por mês, deve ser realizado um tratamento profilático medicamentoso para evitar a crise dolorosa sob supervisão de um médico. Utilizar medicamentos analgésicos muito frequentemente, de forma indiscriminada, pode resultar no agravamento do quadro doloroso”, reforça Dra. Vanessa.
Como evitar
Para evitar as dores de cabeça, Dra. Vanessa cita algumas atitudes necessárias. “Coma bem e a cada quatro horas, ficar em jejum pode desencadear dor de cabeça. Tenha um bom sono, prefira dormir em um ambiente escuro e sem ruídos. Troque colchão periodicamente assim como seus travesseiros e evite dormir com televisão ligada. O excesso ou a falta de sono aumentam o risco de crises de dor”, enumera a neurologista.
Outra atitude é observar o seu humor e o seu comportamento. “Ansiedade e depressão tem tratamento e pessoas com essas doenças sofrem muito frequentemente com dor de cabeça”, explica. Doenças ginecológicas como endometriose, ovários policísticos e irregularidades menstruais podem agravar o problema, assim como alterações hormonais e o período menstrual podem aumentar as crises, por isso, a médica orienta para consultar um ginecologista.
“Evite cafeína, queijos e vinho em excesso, faça atividade física, aumentando sua resistência a dor pelo aumento de endorfinas, evite uso de analgésicos em excesso e de forma indiscriminada, isso tende a diminuir sua resistência e aumentar a frequência das dores e procure ajuda médica para estabelecer um diagnóstico preciso e, dessa forma, estabelecer um tratamento adequado, sobretudo profilático”, são algumas das orientações dadas pela Dra. Vanessa para evitar ter dores de cabeça durante o trabalho.

2. Dor nas costas

Outra dor bastante comum que acomete nos momentos de trabalho é a dor nas costas. Ocasionada principalmente por postura inadequada, ela também pode ser provocada por outros fatores. “Nas costas, várias atitudes podem levar a problemas. Pessoas que ficam em pé muito tempo, mas com a coluna inclinada. Pessoas sentadas em cadeiras com encosto ruim. Posição errada para computadores. Ou seja, qualquer alteração de postura influencia e possibilita problemas”, afirma Dr. André.
Para o Dr. Afonso Shiguemi Inoue Salgado, fisioterapeuta e diretor do Instituto Salgado de Saúde Integral, o estresse também é um dos motivos das dores nas costas. “Dores na coluna vertebral são queixas muito comuns e estão relacionadas a má postura no trabalho e também está ligada ao estresse que aumenta o tônus muscular geral. Exercícios repetitivos sem prevenção, adaptação a novo mobiliário ou móveis inadequados são outras causas das dores nas costas”, explica o fisioterapeuta.
Como amenizar
As dores nas costas podem ser amenizadas com atitudes bastante simples. “Procure se alongar antes de começar o trabalho e depois também. Tente fazer pequenos intervalos entre os longos períodos de trabalho para descansar a coluna”, ensina Dr. André.
Quem também afirma que o alongamento é essencial para as dores nas costas é Isabela Anderson Laynes, fisioterapeuta especialista em RPG do Centro de Qualidade de Vida (CQV), de São Paulo. “Buscar instruções posturais e ergonômicas com fisioterapeutas, realizar alongamentos para diminuição de tensão muscular e adotar a prática das atividades laborais quando a empresa fornece são práticas que amenizam as dores nas costas”, enumera a fisioterapeuta.
Como evitar
Para evitar as dores nas costas, a principal dica que os profissionais da saúde dão é fazer atividade física. “O importante é procurar se condicionar fisicamente, com uma atividade física regular. Uma boa musculatura evita problemas nas articulações e nas musculaturas, além de garantir mais elasticidades e um tônus melhorado”, declara Dr. André.
“As pesquisas comprovam que realizar exercícios físicos durante 20 minutos diariamente é mais eficiente para as dores nas costas do que qualquer remédio. Dê preferência aos exercícios funcionais que promoverão a manutenção do músculo articular”, reitera o fisioterapeuta, Dr. Afonso.
“Abandonar o sedentarismo no dia a dia, atentar à postura durante o período de trabalho, cuidar da alimentação, buscar atividades de lazer e observar as questões ergonômicas do local de trabalho”, complementa a fisioterapeuta Isabela sobre o que é preciso fazer para evitar as dores nas costas.

3. Dor nas mãos e no punho

Alguns empregados também sentem muitas dores nas mãos e nos punhos. Isso é ocasionado, muitas vezes, pelas suas funções que exigem movimentos repetitivos. “Em geral, as dores nas mãos e nos punhos são causadas por lesões de esforço repetitivo (LER), que, às vezes, não podem ser alteradas, já que envolvem a profissão da pessoa”, reforça o ortopedista, Dr. André.
Outra possibilidade que Dr. André enumera é a de trabalhar com posicionamento inadequado. “Às vezes, a pessoa pode trabalhar com os punhos suspensos ao invés de apoiá-los na mesa de trabalho. Isso gera esforço desnecessário para musculatura do membro superior e, consequentemente, problemas.”
Segundo o ortopedista, diferenciar uma dor aguda de uma dor crônica é bastante subjetivo. “Quando um paciente diz que tem uma lesão crônica é meramente uma questão de acompanhá-lo e ver se ele tem aquilo de forma contínua e ininterrupta. Se for algo ocasional, que acontece hoje e depois melhora, não pode ser considerado crônico. Ainda assim, não existe um parâmetro objetivo para essa questão”, explica Dr. André.
“Dor que vira constante na vida do paciente deve ser motivo de preocupação e deve influenciar na busca por tratamento médico. Não existe frequência em dias absolutos, mas se começar a ficar mais frequente, mais constante, mais cotidiana, o trabalhador deve sim buscar a ajuda de um médico”, completa o ortopedista.
Como amenizar
Alongamentos e o posicionamento correto das mãos e dos punhos são medidas fundamentais para amenizar a dor durante o período de trabalho. “Essas costumam ser as dores mais comuns no ambiente de trabalho, devido ao esforço repetitivo. Principalmente em pessoas que utilizam constantemente o computador. Por estarem diretamente ligados ao trabalho, os hábitos são difíceis de mudar”, aponta Dr. André.
Deixar mãos e punhos apoiados ajuda também a amenizar a dor sentida durante o trabalho. “Punhos e mãos mal posicionados geram esforços desnecessários para a musculatura do membro superior, e consequentemente, problemas. Posicionamento correta da altura de computadores, monitores e teclados e o posicionamento correto da mesa ajudam a amenizar, e até evitar, a dor”, declara o ortopedista.
Como evitar
O fisioterapeuta, Dr. Afonso, afirma que a prevenção se dá por meio de exercícios físicos regulares, bom sono, para manter o equilíbrio geral do corpo, períodos de relaxamento, utilizando técnicas de yoga, e massagens e alongamentos. Ficar atenta ao posicionamento de mãos e punhos também ajuda a evitar a dor futura.
“Quando as dores tornam-se constantes, afetando o sono, perda de força muscular em que as pessoas não conseguem segurar objetos, formigamentos e perda de movimentos é característico de LER”, define o fisioterapeuta. Neste caso, a ajuda de um especialista é fundamental para que a dor seja evitada ou amenizada.

4. Dor nos pés e nas pernas

Para o angiologista e cirurgião vascular, Dr. Eduardo Fávero, não é difícil ouvir queixas de quem sofre com pernas inchadas, sensação de peso e formigamento, principalmente após logos períodos em pé, e quando as temperaturas estão mais elevadas. “É o chamado edema dos membros inferiores, um mal do sistema circulatório caracterizado pelo acúmulo anormal de líquidos nas pernas e nos pés. A doença pode atingir ambos os sexos em diferentes faixas etárias, porém é mais comum em mulheres. Suas causas são múltiplas e variam de acordo com a idade do paciente”, explica o médico.
“Em jovens, o edema costuma ser apenas resultado da retenção de líquido ou de longos períodos em pé. Já em pessoas com mais de cinquenta anos, os cuidados devem ser maiores. Nesses casos, o inchaço pode ser sintoma de doenças cardíacas, hepáticas e renais, além de outros problemas como desnutrição grave, hipotireoidismo, obstrução venosa e linfática”, avalia o angiologista.
Como amenizar
Uma das orientações que Dr. Eduardo dá é o uso de meias de compressão. “O tratamento da retenção de líquido nos membros inferiores varia de acordo com a causa do inchaço. Alguns tratamentos clínicos, contudo, ajudam a diminuir as complicações no local, como o surgimento de feridas. O mais comum é o uso de meias elásticas de compressão. Elas podem ser encontradas em diferentes pressões, dependendo da gravidade do edema, mas devem ser utilizadas de acordo com indicação médica”, informa o médico.
Exercícios físicos, manter uma vida saudável e deitar-se com as pernas acima do nível do coração também é recomendado. “Um período de cinco a 15 minutos duas vezes ao dia já é o suficiente”, sugere Dr. Eduardo.
Como evitar
O sedentarismo e o excesso de peso são alguns dos problemas que causam as dores nos pés e nas pernas. “A primeira orientação para diminuir a probabilidade do surgimento de um edema é sempre a mesma: manter uma vida saudável e evitar o sedentarismo. O excesso de peso, por exemplo, é um fator de risco importante”, pontua o angiologista.

5. Dor entre pescoço e a cabeça

A dor entre o pescoço e a cabeça pode ser ocasionada pelo estresse e tensão no trabalho. “A dor sentida no pescoço e na cabeça, muitas vezes, pode ser decorrente de quadros tensionais que provocam contração da musculatura cervical”, relata Dra. Alexandra Raffaini, médica intervencionista da dor.
“O estresse emocional e a má postura podem provocar dores intensas na cabeça e contraturas musculares na região do pescoço e região pericraniana, podendo irradiar para toda coluna cervical e ombros”, explica Fabiana Confalonieri, fisioterapeuta da Clínica de Especialidades Integradas.
Outros motivos indicados pelas profissionais da saúde são contração involuntária e crônica dos músculos na parte de trás do pescoço e do couro cabeludo, irritabilidade, ansiedade, fadiga e excesso de exercícios, além de má postura, artrose na coluna cervical, hérnia de disco, enxaqueca, neuralgia occipital.
Como amenizar
Muitas atividades realizadas por profissionais acabam por encadear essa dor. Para amenizar essa dor, algumas atitudes devem ser mudadas. “Primeiro, é preciso achar a causa da dor. Investigar se é má postura como, por exemplo, mesa alta ou baixa, cadeira que não acomoda toda a coluna. Tentar localizar a causa do problema, para conseguir corrigi-lo. E depois, parar uns 20 minutos e fazer exercícios e alongamentos”, detalha Fabiana.
A recomendação dada pela Dra. Alexandra é realizar ginástica laboral. “A ginástica laboral é um trabalho realizado por um profissional de saúde que consiste na realização de exercícios físicos direcionados para determinada atividade profissional e são realizados durante o expediente. Esses exercícios têm o objetivo de manter a saúde dos funcionários de determinado local de trabalho”, resume a médica.
“Se o profissional não tem essa possibilidade na empresa em que trabalha, outra opção é fazer pausas durante o trabalho para realização de alongamentos. Realizar exercícios físicos habitualmente para fortalecimento muscular também contribui para prevenir o aparecimento de lesões”, completa Dra. Alexandra.
Como evitar
O estilo de vida mais saudável é a solução para muitas das dores, inclusive para a dor entre o pescoço e a cabeça. “Correção da postura, dormir e alimentar-se bem, realizar exercícios físicos regularmente e, se possível, evitar estresse são outras soluções para essa dor”, completa a médica intervencionista da dor.
Para a fisioterapeuta, a ajuda de um profissional pode ser imprescindível. “Procurar fazer um tratamento preventivo com o fisioterapeuta que passará exercícios especifícos, alongamentos, fortalecimentos, além de corrigir a postura inadequada e orientar uma postura correta, tanto nas atividades de vida diária, como no trabalho, evitando, assim, as crises de dor.” Fabiana também diz que massagem e evitar a automedicação podem ajudar nessas dores.
Muitos trabalhadores são sobrecarregados de estresse, tensão, problemas e grande carga de trabalho. Juntando a isso, a má postura, movimentos repetitivos e a falta de uma vida saudável, acabam por gerar dores em todo o corpo durante um dia de trabalho. Para amenizá-las, é importante fazer pausas, se alongar e evitar a má postura.
Como forma de prevenir e evitar as dores comuns aos trabalhadores, é necessário ter uma vida mais saudável, realizar atividades físicas regularmente e, caso a dor se torne crônica, procurar um profissional para que ele possa te indicar as melhores soluções e formas de tratamentos.

Fonte: Dicas de Mulher

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