Ainda que os manuais de psiquiatria não considerem a obesidade transtorno alimentar, a maioria dos pacientes precisa de acompanhamento psicológico, segundo especialistas. Nos casos de transtorno da compulsão alimentar ou do comer compulsivo, as alterações podem vir acompanhadas de transtorno psicológico, o que demanda, junto com o emagrecimento, tratamento das causas.
Segundo a psicóloga Fernanda Kalil, especialista em transtorno alimentar e obesidade, o emagrecimento costuma ser muito difícil sem o acompanhamento psicológico. “A obesidade tem vários estágios, de acordo com o histórico de cada paciente. Se esses significados não forem compreendidos em um tratamento psicológico, o paciente corre risco de não conseguir emagrecer ou de retornar ao peso de origem”.
exemplo. A especialista ressalta que é muito comum uma alternância de quadros. “Se o sintoma psicológico não foi trabalhado, pode mudar, mas a causa continua a mesma. Por exemplo: uma pessoa que faz cirurgia bariátrica e não tem como recorrer à comida pode precisar de outro canal para transbordar a energia e começar a beber”, afirma Fernanda.
Além de chamar a atenção para a necessidade de tratar a causa do transtorno, quando houver, ela afirma que a obesidade, mesmo sem um transtorno, pode requerer acompanhamento psicológico, já que restrições sociais podem afetar a psiquê do paciente.
Fonte: O Tempo
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