Os brasileiros estão bebendo menos refrigerante, mas ainda consomem carne com excesso de gordura e incluem menos frutas e legumes no cardápio do que o recomendado.
A análise faz parte de uma pesquisa que retrata os hábitos de alimentação no país, divulgada nesta terça-feira (7) pelo Ministério da Saúde.
Em seis anos, o consumo de refrigerante diminuiu em 20%, segundo os dados da Vigitel 2014, pesquisa que monitora fatores de risco para a saúde.
A bebida, porém, não saiu da mesa dos brasileiros: cerca de 20,8% da população bebe refrigerante cinco vezes ou mais na semana, de acordo com a pesquisa.
Também houve queda no número de brasileiros que consomem carne com excesso de gordura. Em 2007, o percentual da população que tinha esse hábito era de 32,7%. Hoje, é de 29,4%.
Apesar da leve queda, o índice ainda é considerado alto, segundo o Ministério da Saúde. E é ainda maior entre os homens: 38,4%. Entre as mulheres, o percentual cai para 21,7%.
Frutas e legumes também estão em falta no cardápio de boa parte da população. Dados da Vigitel mostram quem apenas um quarto dos brasileiros, ou 24,1%, consome a quantidade tida como ideal de frutas e verduras – a Organização Mundial da Saúde recomenda a ingestão diária de ao menos 400 gramas desses alimentos.
Em geral, esse consumo diminui ainda mais entre os homens. Apenas 19,3% deles consomem a quantidade recomendada de frutas e hortaliças -o percentual é de 28,2% entre as mulheres.
FEIJÃO E ARROZ
Se as frutas ainda ficam de fora dos hábitos alimentares de parte da população, o feijão permanece como o alimento preferido dos brasileiros.
De acordo com a pesquisa, 66% da população come feijão em cinco ou mais dias da semana, um índice que se mantém estável ao longo dos anos. Foram entrevistadas 14 mil pessoas.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, os dados mostram a necessidade de investir em medidas de incentivo à alimentação saudável. Hoje, cerca de 50% da população adulta apresenta sobrepreso e 17% é obesa, afirma.
“A alimentação saudável passa cada vez mais por valorizar uma alimentação in natura e os alimentos minimamente processados e evitar os ultraprocessados [industrializados]”, afirmou o ministro, durante um evento de lançamento de um guia de alimentos regionais feito pela pasta.
“Não se trata de ser contra a industrialização. Mas podemos ter um mundo mais saudável se fornecermos elementos críticos para que a população faça suas escolhas [na alimentação].”
Fonte: O Tempo
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